3 de janeiro de 2010

Efêmero.

Transcreva-me em palavras o que estes dias retrataram, meu bem. Despeça-te das lembranças que te afligem e renove a tua alma, porque é de princípios quesupostamente se faz um ano.
Eles te faltam, então? (Me questiono até quando tu serás tão previsível.)
Esse pescoço caucasiano a mostra não faz de ti uma mulher atrevida, como tu pensas. O mundo vê através da tua face que tua arrogância não passa de um mero pretexto para se esquivar da realidade.
Não te iluda mais uma vez, – tuas memórias são equívocas e tuas palavras discrepantes – perder tua presunção não faz de ti um ser fraco.
Admita: Dentro dessa caixa de metal posicionada em seu peito ainda existe sangue quente pulsando. – E pulsa tão intensamente que te faz vacilar.
Teus lábios contrariam teus sentimentos – os acontecimentos dos últimos trezentos e sessenta e cinco dias não foram efêmeros, tu sabes disso – e tu expulsas entre dentes revés.

4 comentários:

J.B Ribeiro disse...

mah é a ju, acabei de fazer um blog e encontrei o teu.

Estás te aprimorando cada vez mais, não sei se é a cabeça nos livros ou a (des)crença que te povoam. De qlquer maneira, parabéns, de novo.

Anônimo disse...

Há muito nao lia algo de uma riqueza intelectual e literal tão grande. Comparaçoões e metáforas implícitas levam oleitor ao clímax da leitura. Isso me remete a refletir sobre minha própria conciência de homem forte e viril, no fundo talvez eu seja um menino.

Meus parabéns. Belo texto

Anônimo disse...

"Teus lábios contrariam teus sentimentos – os acontecimentos dos últimos trezentos e sessenta e cinco dias não foram efêmeros, tu sabes disso – e tu expulsas entre dentes revés."
(y)

L. disse...

Por que não voltas?